Por David Junior
A Cavalinhos Marinhos da Ilha
já tem enredo para o Carnaval 2019. A agremiação mirim da União da Ilha do
Governador levantará a bandeira dos direitos infantis na próxima folia com Sou criança, mais respeito por
favor! Tenho direitos sim senhor!, dos carnavalescos Anderson
Neto, Jusie Lásaro e Larissa Pereira.
A garotada insulana se apresenta no sábado de Carnaval pela
Estrada do Galeão, na Ilha do Governador. A Cavalinhos Marinhos da Ilha tem
quatro anos de fundação e aguarda uma vaga no desfile promovido pela AESM-Rio e
que este ano acontecerá na terça-feira da folia. A entidade é obrigada a manter
um limite no número de agremiações em virtude da restrição de horários imposta
pelo Juizado de Menores.
Sinopse
do enredo
Sou criança, mais respeito por favor! Tenho
direitos sim senhor!
Todo mundo diz que crianças devem respeitar os adultos. E os adultos?
Não devem respeitar as crianças?
Nos dias de hoje se fala muito sobre a criança do que se falava
no passado. Mas, ainda escuto falar pouco sobre os meus direitos enquanto
criança, direitos esses que são garantidos por lei através do Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA), criado no ano de 1990 através da Lei 8.069.
Este Estatuto regulamenta os direitos das crianças e dos adolescentes
inspirados pelas diretrizes fornecidas na Constituição Federal de 1988.
Como sou muito esperto, estudei todos os meus direitos e o
primeiro deles é que toda criança seja de que raça for, seja negra, branca,
vermelha, amarela, fale que língua falar, acredite no que acreditar, pense o
que pensar, tenha nascido aonde for, deve ser protegida contra os rigores do
tempo, contra os rigores da vida.
Sei também que a criança deve ser para a sociedade a razão
primeira de sua luta, devemos ser protegidos com leis, ternura, cuidados que
nos tornem livres, felizes, mas só é livre e feliz quem pode deixar crescer um
corpo são, quem pode deixar descobrir livremente o coração.
Toda criança deve nascer, crescer e viver com dignidade. Criança
tem que ter nome, tem que ter lar, ter saúde e não ter fome, ter segurança e
estudar.
Já minha mãe teve o direito à toda assistência que me assegurou
um nascimento digno e depois de nascido recebi amor, alimentação, casa,
cuidados médicos, o amor sereno e completo que uma família deve oferecer a uma
criança.
Tenho amigos que são especiais e possuem o mesmo direito de
serem aceitos pela sociedade, não é questão de querer nem questão de concordar,
por essa causa todos devem lutar.
E como criança, deixo aqui meu pedido final. Que ninguém me
roube a infância me negocie, me explore sob qualquer pretexto. Que ninguém se
aproveite do meu trabalho para seu próprio proveito.
Nós crianças devemos ser respeitadas em suma, na dignidade do
nosso nascer, do nosso crescer, do nosso viver.
E embora eu não seja rei, decreto que neste país toda criança
tem o direito a ser feliz!
Carnavalescos: Anderson
Neto, Jusie Lásaro e Larissa Pereira
Fonte: www.revistadocarnaval.com.br